Dois bancos em área pública. Em um deles, uma performer com uma placa “Ouço histórias”. A performance, que contrasta a pessoalidade da história contada com o espaço público em que ocorre, é uma tentativa de criar um acolhimento à palavra do outro (espaço tantas vezes tolhido).

“Você têm dois minutos para uma pesquisa inútil?” Essa é a pergunta que uma performer com prancheta faz na rua. Aos que se detém, indagamos sobre a última vez que sorriu ou qual foi seu último abraço. A proposta é uma quebra da lógica cotidiana e a transformação da informação que as pesquisas querem obter de nós em uma informação que nós mesmos nos presenteamos, lembrando-nos de afetos de nossos dias.

Que sons a cidade nos provoca? Que músicas e ritmos deixamos de ouvir por estarmos apressados? A performance procura dançar esses sons, essas músicas perdidas na ruidosa urbe.

Uma fila de pessoas não tira os olhos do celular. Elas caminham num espaço físico apesar de estarem completamente apartados dele. Onde estão essas pessoas?